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    Corantes


            A visão corresponde a um dos principais sentidos captados pelos órgãos dos seres humanos. A cor, por exemplo, é assimilada pelo cérebro quando estimulado por um estímulo físico que penetra os olhos. Dessa forma, essa importante característica sensorial é fundamental para estimular o apetite no dia a dia. Para conseguir tal efeito, as indústrias alimentícias utilizam corantes em seus produtos lhes dando uma boa aparência, que combinada com outras características como sabor, aroma e textura formam um grupo de fatores decisivo na escolha do alimento.
           Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), corante é uma substância ou mistura de substâncias que possuem a propriedade de conferir ou intensificar a coloração dos alimentos. Pode-se excluir dessa definição extrato de vegetais e/ou sucos e outros ingrediente que possuam coloração própria, salvo se adicionados com a finalidade de conferir ou intensificar a coloração do produto.
            De acordo com a resolução n°44/77 da Comissão Nacional de Normas e Padrões para alimentos (CNNPA), os corantes podem ser classificados em:
    Corante orgânico natural: obtido a partir de vegetal, ou eventualmente, de animal, cujo princípio corante tenha sido isolado com o emprego de processo tecnológico adequado.
    Corante orgânico sintético: obtido através da síntese orgânica mediante o emprego de processos tecnológicos adequados.
    Corante artificial: corante orgânico sintético não encontrado nos produtos naturais.
    Corante orgânico sintético idêntico ao natural: sua estrutura química é semelhante à do principio ativo isolado do corante orgânico natural. 
    Corante inorgânico: obtido a partir de substâncias minerais e submetido a processos de elaboração e purificação adequados a sua utilização em alimento.
    Caramelo: corante natural obtido através do aquecimento de açúcares à temperatura superior ao ponto de fusão.
    Caramelo (processo amônia): corante orgânico sintético idêntico ao natural obtido através do processo amônia, desde que o teor de 4-metil, imidazol não exceda no mesmo a 200mg/kg.
           Os corantes artificiais são da classe de aditivos sem valor nutritivo, com o único objetivo de conferir cor aos alimentos e bebidas. A avaliação segura da utilização de corantes é baseada na IDA (Ingestão Diária Aceitável), desenvolvida pela JECFA (Joint FAO/WHO Comittee on Food Additives) (SHUMANN; POLONIO; GONÇALVE, 2008). Nos Estados Unidos foi realizado um estudo aonde os nove tipos de corantes artificiais sintetizados aprovados para serem utilizados em alimentos foram testados, se encontrando resultados que preocupam a saúde da população (KOBYLEWSKI; JACOBSON, 2010).
          No Brasil, segundo a Anvisa, são 13 os corantes artificiais sintetizados aprovados para utilização. Estudos demonstraram que os corantes do grupo Azo, um derivado nitroso, como o amarelo crepúsculo e o vermelho 40, podem provocar reações alérgicas como asma e urticária (POLONIO; PERES, 2009). Diversos estudos também vem sendo realizados com o corante tartrazina por ser um dos mais utilizados na indústria de alimento e medicamentos e seu consumo estar relacionado com sintomas como urticária, broncoespasmo, rinite e angiodema em pessoas hipersensíveis (POLONIO; PERES, 2009).
          Deve-se ficar atento ao ingerir alimentos industrializados que contém grandes quantidades de corantes para não ultrapassar a ingestão recomendada, uma vez que estes podem desencadear uma reação alérgica ao organismo.



                  Além de causar alergia em pessoas sensíveis, alguns corantes podem ainda causar danos mais intensos como vômito, asma e até doença renal.
                  Confira abaixo tabela com alguns corantes, sua utilização e que riscos podem trazer à saúde:

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